Seja você: lições de vida (e liderança) da série Ted Lasso

Em algum momento em 2022, recebi a recomendação (obrigado Alinne! 👊) de assistir a série Ted Lasso no Streaming da Apple.

E quem me conhece sabe que eu não assisto séries por.. ser meio compulsivo. Não consigo ficar em paz e dormir com a dúvida do que vai acontecer no próximo episódio. Até por isso que eu só assisti Game of Thrones quando já estava na penultima temporada.

A capa da série TED LASSO da Apple TV. Nesta capa aparece o sub-título: "Vencedora de 11 prêmios Emmy, incluindo vitórias consectuvias de Melhor série de Comédia (21 e 22)."

Mas em 2023, por livre e espontânea pressão da minha esposa, começamos a assistir juntos.

O gênero da série é comédia.

Mas a verdade é que se você realmente estiver atento, vai ver que a série retrata de um jeito leve, vários desafios e problemas da vida adulta.

No final do dia, o tema “Futebol” é totalmente coadjuvante no que a série propõem.

É como se fosse usado com plano de fundo para o tema central: ser você mesmo.

O personagem principal da série é um treinador de futebol americano que se muda para a Inglaterra (motivado por motivos pessoais) para ser treinador de um pequeno clube de futebol (que está passando por uma restruturação).

Ted, o treinador e um dos protagonistas, é autêntico da cabeça aos pés.

E ele reforça isso mesmo sendo julgado constantemente. Independente se é no jeito de se vestir, na maneira de levar a vida, de como interage com cada um ou até com suas manias não convencionais, Ted Lasso mantém seu jeito de ser.

Como líder, Ted busca enxergar as fortalezas de cada uma das pessoas do seu time. Reconhecendo que cada um é diferente e que cada um tem um papel importante para desempenhar.

E além disso, ele se importa genuinamente com as pessoas que ele lidera. Não tendo o receio de emoções ou vulnerabilidade (alô Brene Brown 🧵).

Essa combinação facilita um dos papeis fundamentais da liderança, a influência. Como líder, Ted busca inspirar cada parte do seu time a fazer o que precisa ser feito para atingir o resultado.

Por último e não menos importante, resultado. Ted Lasso busca um resultado de longo prazo. Assimilando toda a disciplina do dia a dia, a paciência e dedicação necessária para construir um time coeso que seja capaz de atingir o objetivo de longo prazo.

E esta última parte, a série demonstra com maestria que.. nosso papel é fazer o máximo que podemos (fazer o que é certo), mas que ainda sim.. podemos e vamos perder. E que a derrota não invalida tudo que fizemos, ela pavimenta o sucesso futuro.

No título eu mencionei lições de vida e de liderança e até agora eu praticamente só falei de liderança. Então, fecho esse post com uma pergunta:

Não seria você o líder da sua própria vida?


Também descobri no LinkedIn que a criação da série também é super interessante. Uma história de persistências, acaso e criatividade.

Se quiser ler sobre, tem esse ótimo artigo do Dimitri Vieira 👇

Investindo em você: aprenda, aprenda, aprenda

Existe um jargão que diz que o único “gasto” que te enriquece é viajar. E é praticamente inegável que viajar realmente nos enriquece (e de várias maneiras), mas a intenção deste post é falar sobre outra coisa que nos enriquece muito:

Um site que permite que você faça posters no estilo Scrabble e imprima em casa: thepuzzleposter.com

Aprender.

E para aprender, você não precisa necessariamente gastar. Será necessário “apenas” investir seu tempo nisso.

Além disso, podemos dizer que vivemos em uma era que você pode aprender praticamente qualquer coisa: de uma nova língua, a tocar um instrumento, a fazer tapetes personalizados ou até entender a teoria da relatividade.

Tudo isso esta mais disponível do que nunca.

Mas.. será que não é um desperdício de tempo aprender algo que posso não usar na prática?

Se você pensou nisso, você pode ter sentido o medo de perder tempo aprendendo algo que você não vai usar.

Fica tranquilo(a). A ciência tá do seu lado. Quanto mais você aprende, mais fácil e mais eficiente vai ser para aprender novas coisas.

Existem vários aspectos que influenciam nisso, mas vou abordar os dois que eu considero como principais:

  1. Confiança 🔵
  2. Área de contato (do seu conhecimento) 🟢

🔵O primeiro tópico é fácil de explicar. Sabe aquela sensaçãozinha boa que dá quando você sente que conseguiu fazer algo? Quando você calcula algo de cabeça e fica surpreso por ter a resposta quase intuitivamente.. ou quando você resolve improvisar cozinhando o jantar e fica surpreendentemente bom?

Esta sensação é como uma pílula de confiança. A medida que você aprende mais, maior a chance de experimenta-las. Isso faz com que você se sinta mais à vontade para aprender coisas novas e mais difíceis.

🟢A segunda parte precisa de um pouco mais de atenção. A medida que você aprende algo, este aprendizado gera conexões entre o que você já sabia e com o que você está aprendendo.

Estas conexões não são aleatórias. Você não vai relacionar assuntos que não tem similaridade ou correlação nenhuma. Então a medida que você aprende novas coisas, você aumenta a chance de um aprendizado futuro se relacionar com o conhecimento que você já tem. E isso acaba facilitando novos aprendizados.

Na minha cabeça, eu imagino que o conhecimento que você tem é uma superfície com cola. E quando você tenta aprender algo, você está jogando esta “coisa” na superfície. Se colar, você aprendeu. E quanto mais superfície, mais fácil de colar.


Acredito que existam duas razões principais para confirmar que a medida que você aprende mais, mais fácil fica de aprender novas coisas. A primeira é a “transferência de conhecimento”.

E eu vejo que existem as transferências mais “óbvias” e as transferências mais invisíveis. Uma transferência óbvia pode ser vista em vários jogadores notórios de futebol. Jogadores como Ronaldinho, Pelé, Neymar dedicaram vários anos jogando futebol de salão. E depois transferiram o conhecimento e aprendizado de jogar com a bola menor, menos jogadores, campo menor e com um dinamismo muito maior para o campo de grama. Obtendo várias vantagens diante dos seus adversários.

Já as transferências “invisíveis” geralmente acontecem entre campos distintos do conhecimento. Acontecem quando você entende muito de algo e acaba intuitivamente usando um conceito desta área de conhecimento em outra área.

Por exemplo, imagina que você cozinha super bem e estuda culinária. Entende o bastante para fazer até o “Mise en Place” ao cozinhar.

Depois de tanto fazer esta organização, você já assimilou que para resolver um “problema” com várias etapas, existe um trabalho prévio de separação, organização, segmentação.

E como isso já faz parte do seu “pensar”, você faz uma espécie de mise en place adaptado quando vai resolver outros problemas complexos, como por exemplo aprender algo complexo.

“Ah, eu quero aprender Data-Science!”

Então sua cabeça já começa a fazer um mapa com várias caixinhas 👇

Um diagrama sobre Aprender Data-Science. A partir da palavra data-science, tem um apontamento para 4 caixinhas:
1. Motivos para aprender este tema
2. Quais são as fontes que eu conheço
3. Construindo meu plano para aprender
4. Realização: o que eu vou realizar com este novo conhecimento

Este é só um exemplo de uma transferência positiva menos obvia.

E com isto, imagino que a sementinha de querer aprender algo novo tenha sido plantada. É um tema que me fascina muito e que tem relação com meu propósito.


Os modelos de inteligência artificial são grandes aliados e catalisadores de aprendizado. Você usa tecnologias como BingAI, ChatGPT o outro no seu dia-a-dia?

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A terapia me salvou

Acho que o verdadeiro título é na verdade: a terapia me deu ferramentas para que eu pudesse me salvar.

Eu tive dúvidas se eu deveria ou não escrever este post. E duas coisas pesaram para que este post se materializasse:

  1. Escutei o episódio #135 do Autoconsciente “Bateu uma crise” | e me senti acolhido. E isso me deu um empurrão para falar sobre “isso”.
  2. Eu me considero uma pessoa que reflete bastante, me sinto grato pela minha vida, me sinto bem sucedido, me sinto abençoado. Ainda sim, tenho bastante ansiedade. Tenho escutado com mais frequência pessoas jovens e sofrendo de ansiedade.

No 2º trimestre de 2023 eu tive uma crise de ansiedade.

Nos 10 dias que antecederam aquela “noite”, eu que sempre tive muita facilidade para dormir, vinha tendo episódios de insônia ou noites que eu acordava entre 3-4 da manhã e só conseguia voltar a pegar no sono 1-2h depois.

Apesar disso, não considerei isso como alerta. Segui a vida normal, tentando dar conta de tudo que eu tenho para dar conta.

Até que em uma quarta-feira, terminei o último compromisso do dia e tive uma sensação de aperto no peito. Foi estranho. Apesar de estar preocupado com várias coisas, aquela sensação era mais intensa do que sensações normais. Era como se aquele nó na garganta me desse vontade de chorar, de transbordar.

Bom, lavei o rosto e tentei não pensar naquele bolo de sentimentos. Afinal, era final da tarde e quem tem criança com menos de 1 ano sabe que a rotina da bebe é a prioridade.

Brinquei um pouquinho com a minha filha, dei banho nela e fui faze-la dormir como de costume. E no meu caso, fazer a bebe dormir é quase uma meditação:

Uma foto de um conjunto de 6 quadros. Cada um com a cabeça de um cachorro ligado ao autor. São peças autoriais produzidas por Juliana Dabague.

Pego ela no colo, a gente dá tchau para várias coisas do quarto dela: tchau para o quadrinho de cachorro, tchau para o simba, fazemos a oração do santo anjo, ela aponta pra caminha dela, pede a chupeta, eu ligo o ruído branco, diminuo a luz, deito ela no berço.. e aí ela começa aquela canção de bebe que tá tentando dormir e que não quer se entregar tão fácil.

Quarto escuro, silêncio contínuo anunciando que ela tinha dormido.. e enquanto isso meus pensamentos a mil por hora parecendo aquele globo da morte com motos que existiam nos circos (se você não conhece, você é jovem demais haha).

Eram mais ou menos 8 da noite e eu já coloquei pijama e fui deitar. Me sentia exausto. E.. dormi.

1 hora da manhã acordei. Coração acelerado (sentia o coração bater no pescoço) e os pensamentos se digladiando dentro da cabeça. Fiquei um tempo ali tentando controlar a respiração e acalmar a cabeça.. mas nada resolvia. Eu estava começando a transpirar.. aquele momento que antecede o desespero.

E aí.. eu levantei.

Entendi que deitado ali, eu não estava em controle do que eu estava pensando ou sentindo. E que aquela luta ali eu não ia ganhar.

Decidi fazer outras coisas: assisti os gols da semana, li uns trechos de livro, joguei videogame.. enfim, fiz coisas que tiraram a minha atenção daquela sensação.

Por volta das 3 e pouco da manhã, eu já estava mais tranquilo e decidi tentar voltar a dormir. E apesar de não estar mais sentindo aquele turbilhão sentimentos e sensações, não consegui pegar no sono.

Já eram quase 4h da manhã, decidi levantar de vez. Agendei uma aula de spinning logo pro primeiro horário, tomei café da manhã e fui pra lá suar e gastar o cortisol que provavelmente ainda estava no sangue.

Por sorte ou mero acaso, quinta-feira cedo eu já tinha previamente agendado sessão de terapia.

Contei do acontecido e já peguei papel e caneta e fui mapeando os o quê’s e porquês de tudo aquilo. Este exercicio é um dos mais valiosos para mim.

Depois de 3 anos fazendo este exercício de destilar sentimentos complexos na terapia, foi como se a minha “consciência” tivesse me chutado para fora da cama. E acho que aquilo foi determinante para não ter sido “dominado” e ter tido um piripaque.

E claro.. ter passado por este susto me deu uma nova chance. Buscar enxergar a vida de outra forma e atuar na(s) causa(s) que me fizeram viver este turbilhão.

[Guia] Como usar o ChatGPT | a forma de IA que está em alta

Fazendo uma pequena pausa nas nossas reflexões habituais, vou trazer um guia passo-a-passo sobre como usar a inteligência artificial que vem dominando o feed do seu tiktok, twitter, spotify, entre outros..

O ChatGPT é um modelo de linguagem que pode responder perguntas, escrever textos, resumir artigos e livros, traduzir para dezenas de idiomas e até criar sugestões para variados temas.

Bom, vamos lá. Para usar o ChatGPT você não precisa instalar nada.

Basta acessar o site openai.com e ir na opção: Sign-up (inscrever)

Você vai precisar criar uma conta para acessar ao ChatGPT.

Minha sugestão é se inscrever com um e-mail ao invés de se conectar com Google, Microsoft ou Apple.

Isso é puramente minha opinião 🙂

Depois de colocar o e-mail, você criará uma senha e também receberá um e-mail de confirmação.

Só depois destes passos você poderá avançar para usar a solução.

Depois de clicar no link de confirmação no seu e-mail, você vai só terminar de cadastrar seu perfil (nome, sobrenome, data de nascimento):

E recentemente eles também incluíram a validação via SMS. Depois disso tudo validado, você vai ver esta página:

E aí, basta selecionar a primeira opção “ChatGPT” (interaja com nosso modelo de linguagem carro chefe em uma interface de conversa).

A próxima tela já é o ambiente que você vai usar para interagir com a IA.

Tá, mas.. e aí?

Qual a diferença do google para este tal ChatGPT?
Bora ver na prática:

Google

O que eu digitei:
Resumo do livro poder do hábito

ChatGPT

O que eu digitei:
Me dê os principais aprendizados do livro O Poder do Hábito.

Apesar de ter feito a comparação com o mesmo pedido, o ChatGPT atinge melhores resultados quando usado como um estagiário do que quando usado como um buscador.

Por quê?

A versão atual do ChatGPT não é conectada na internet. Então se você fizer buscas sobre fatos, como por exemplo: “Quem ganhou a última copa do mundo? Quem ganhou as eleições na Turquia? Quem já está nas finais da NBA neste ano?”. O ChatGPT não vai conseguir te ajudar.

Mas o ChatGPT consegue fazer algo que nenhum buscador consegue fazer: o modelo recebe as informações que você dá para ele e as considera para montar sua resposta.

Então imagine que você vai fazer uma viagem para Portugal para um evento de 2 dias e vai esticar a estadia por mais 8 dias, mas não tem ideia do que fazer. Você pode fazer a seguinte pergunta:

Chat, eu vou ficar 8 dias em Portugal. Inicio a minha viagem na cidade de Lisboa. Minha ideia é gastar no máximo 120 euros por dia além da estadia. Faça uma sugestão de roteiro.

Resposta:

Com base no seu orçamento diário de 120 euros, vou sugerir um roteiro de 8 dias em Portugal, começando em Lisboa. Lembre-se de que os preços podem variar, por isso é sempre bom verificar os custos atuais durante a sua viagem. Aqui está uma possível sugestão de roteiro:

Dia 1: Lisboa

  • Dedique o seu primeiro dia para explorar a capital de Portugal. Visite o bairro de Alfama, o Castelo de São Jorge e a Baixa Pombalina. Aproveite para provar os famosos pastéis de Belém e explorar o animado bairro do Bairro Alto à noite.

Dia 2: Sintra

  • Faça um passeio de um dia para Sintra, uma cidade encantadora repleta de palácios e paisagens deslumbrantes. Visite o Palácio Nacional da Pena, o Castelo dos Mouros e explore os belos jardins do Palácio de Monserrate.

Dia 3: Cascais e Estoril

  • Pegue um trem de Lisboa para Cascais e passe o dia aproveitando as praias e a atmosfera relaxante dessas cidades costeiras. Explore o centro histórico de Cascais, caminhe pela orla marítima e visite o Cassino Estoril.

Dia 4: Porto

  • Viaje de Lisboa para o Porto de trem ou avião. Passe o dia explorando a segunda maior cidade de Portugal. Visite a Ribeira, a Torre dos Clérigos, a Livraria Lello e prove o famoso vinho do Porto em uma das caves de vinho ao longo do Rio Douro.

Dia 5: Douro Valley

  • Faça um passeio de um dia ao Vale do Douro, uma das regiões vinícolas mais belas do mundo. Desfrute de paisagens deslumbrantes, visite vinícolas e prove vinhos deliciosos. Você pode reservar um passeio de barco pelo rio ou optar por explorar a região de carro.

Dia 6: Coimbra

  • Viaje para Coimbra, uma cidade histórica conhecida por sua universidade centenária. Visite a Universidade de Coimbra, a Biblioteca Joanina e a Sé Velha. Explore as pitorescas ruas medievais e desfrute da atmosfera acadêmica única.

Dia 7: Évora

  • Dirija-se a Évora, uma cidade medieval bem preservada que é Patrimônio Mundial da UNESCO. Visite o Templo Romano, a Catedral de Évora e a Capela dos Ossos. Desfrute da gastronomia local e experimente pratos tradicionais do Alentejo.

Dia 8: Regresso a Lisboa

  • Retorne a Lisboa e aproveite seu último dia na cidade para explorar qualquer atração que você tenha perdido anteriormente ou fazer compras nos mercados e lojas locais. Desfrute de uma última refeição tradicional portuguesa antes de se despedir de Portugal.

Lembre-se de que os custos de transporte, refeições e atrações podem variar. É sempre bom reservar um valor extra para imprevistos ou atividades adicionais. Aproveite a sua viagem a Portugal!

Legal, né? Mas isso é só a pontinha do Iceberg.

Imagina que o ChatGPT foi treinado com 175 bilhões de parâmetros. Ou seja, milhões de livros, paginas da internet, dicionários, jornais e muito mais. Então você pode (e deve) usar bastante desta tecnologia.

Mas.. lembra que eu chamei “ele” de estagiário? Foi de propósito.

Na própria página que você faz as perguntas/solicitações, existe um aviso chamado de “limitações”. São 3:

  1. Pode ocasionalmente gerar informações incorretas
  2. Pode ocasionalmente produzir instruções danosas ou enviesadas
  3. Conhecimento de mundo limitado até setembro de 2021

Isto significa que o ChatGPT pode ser um baita recurso para seu dia-a-dia. Entretanto, é sua responsabilidade validar as informações e usa-las com bom senso.

Você já usa? Viu algum exemplo legal no Twitter, TikTok, Insta? Compartilha comigo!

[resumo] Porque você (e sua empresa) deveriam testar ChatGPT hoje

Confesso que não tinha planejado fazer este post aqui no blog. Originalmente eu fiz anotações sobre este episódio do IdeaCast no Notion.

Mas quando eu vi o link de compartilhamento “publico” do notion… imaginei que poucas pessoas se sentiriam seguras de clicar (ele tem uma carinha feia). De qualquer maneira, vou deixar o link original aqui:

https://decorous-scarf-33a.notion.site/Porque-voc-e-sua-empresa-deveriam-testar-ChatGPT-hoje-810cab5ff811462c98f01b969f591911

Bom, vamos ao que interessa.

Neste episódio do HBR IdeaCast, o professor de Wharton Ethan Mollick fala do aumento de produtividade que modelos de inteligência como ChatGPT vem proporcionando para indivíduos e profissionais.

Eu acabei anotando 8 pontos principais da entrevista:

  1. Revolução dos Modelos de Linguagem: A entrevista inicia com a discussão sobre o papel transformador dos Modelos de Linguagem, especialmente do GPT-3 e suas variantes, que podem produzir texto coerente e útil. A comparação feita atualmente é que estas inteligências podem gerar um impacto similar na economia/sociedade que a internet causou.
  2. Híbrido entre humanos e IA: O professor Ethan Mollick sugere um cenário futuro em que humanos e IA trabalharão juntos, com IA auxiliando em tarefas que envolvem a geração de texto ou outros conteúdos complexos. Ele chama isso de “modo híbrido”, onde a IA é uma extensão do usuário, auxiliando nas tarefas do dia-a-dia.
  3. Transformação no trabalho: A IA tem o potencial de mudar significativamente o trabalho, particularmente em tarefas que envolvem produção de texto. A IA pode liberar as pessoas para tarefas mais criativas e estratégicas, automatizando tarefas rotineiras e repetitivas. Mollick também sugere que esta transformação possivelmente aumentará a felicidade e/ou satisfação das pessoas.
  4. Implicações para contratações:
    • a IA tem o potencial de tornar todas as pessoas de uma célula mais produtivos. Destacando que pessoas de baixo / médio rendimento poderão atingir bons resultados ao trabalhar junto com a IA. E também destacando que talentos da sua empresa potencialmente também terão um aumento de produtividade,
    • surgimento de uma nova função: o perguntador profissional (AI whisperer em inglês ou até engenharia de prompt).
  5. Importância da Experimentação: Mollick enfatiza a importância da experimentação individual com a IA para entender o seu potencial e limitações. Ele sugere que as pessoas comecem a usar ferramentas como o ChatGPT para realizar tarefas do cotidiano: escrever emails, atas de reunião, ajudar a fazer brainstorming, propor soluções para problemas difíceis, etc.
  6. Desmistificando a IA: O professor ressalta que não há necessidade de ser um programador ou especialista em IA para utilizar ferramentas como o ChatGPT (GPT-3 / GPT-4) ou BingAI. O sistema é projetado para ser usado em linguagem natural, facilitando seu uso para todos.
    • As pessoas podem usar incorretamente no inicio e desistir de usar. O professor cita 3 exemplos de uso de caso que não aproveitam o máximo da tecnologia e frustram os novos usuários:
      • Usar como usa o google (o restaurante tal tá aberto hoje? quem ganhou a copa de 2023?)
      • Usar como Siri / Alexa (fazendo perguntas engraçadinhas)
      • Fazer perguntas específicas ou factuais (qual minha biografia, quem pisou na lua primeiro)
  7. Riscos da IA: Mollick também aborda os riscos da IA, como a propensão para criar conteúdo falso (alucinação) e questões éticas e morais. Ele também menciona a necessidade de se entender melhor o impacto a longo prazo da IA nos empregos e na sociedade.
  8. O Futuro da IA: O futuro da IA parece promissor e desafiador, com desenvolvimentos contínuos em modelos de linguagem e aplicação dessas tecnologias em várias áreas. Entretanto, Mollick aconselha as organizações a começarem a planejar e experimentar com essas tecnologias o mais cedo possível, inclusive sugerindo que a gestão fomente a adoção desta tecnologia.

Estes foram meus principais pontos de aprendizado. No final do post, tem o link do podcast completo.

Também vou deixar aqui os 14 “aprendizados” que o modelo GPT4 (ChatGPT versão paga) fez em cima da transcrição “bruta” da entrevista:

  1. O professor Maalik destaca a evolução do ChatGPT, observando que, com o tempo, o modelo se tornou mais útil, ao ponto de ser comparado a um aluno de destaque.
  2. Ele menciona estudos preliminares que indicam um aumento na produtividade entre 30 a 50% em escrita de negócios e programação, com a ajuda do ChatGPT e ferramentas similares.
  3. O professor discute a gama ampla de aplicações da IA em empresas, variando de escrever código de computador e documentos a geração de ideias para marketing e análise de indústrias.
  4. Ele sugere que empresas precisam explorar como podem se beneficiar desta tecnologia, com a criação de políticas e estratégias para sua implementação. Maalik sugere um “programa de pesquisa acelerada” para entender como o ChatGPT pode ser útil dentro de uma organização.
  5. O professor argumenta que, mesmo que o uso do ChatGPT seja individual neste momento, ele acredita que veremos mais e mais uso organizacional no futuro.
  6. Ele enfatiza que as empresas precisam estar conscientes da presença do ChatGPT, uma vez que muitos indivíduos estão usando essa ferramenta sem o conhecimento de seus empregadores para cortar a quantidade de tempo gasto em tarefas de trabalho.
  7. Maalik também menciona que há um potencial para a disrupção especializada no futuro, dando o exemplo do modelo médico do Google que oferece conselhos equivalentes a médicos para pacientes com doenças comuns.
  8. Finalmente, ele destaca a oportunidade para o trabalho híbrido, onde humanos e IA trabalham juntos para aumentar a produtividade e a qualidade do trabalho, enquanto automatizam as partes menos interessantes das tarefas.
  9. Implicações para a contratação: Mollick identifica quatro cenários possíveis no uso do GPT. Primeiro, o GPT pode aumentar a produtividade de todos, o que influenciaria na contratação de profissionais altamente talentosos capazes de operar os chatbots. Segundo, o GPT pode tornar os melhores trabalhadores ainda mais produtivos, sugerindo uma maior contratação de “estrelas”. Terceiro, pode nivelar o trabalho, fazendo com que os desempenhos ruins sejam equivalentes aos bons, pois o chatbot ajudaria a resolver problemas. Por último, pode haver um papel futuro de “engenharia de prompts” onde algumas pessoas serão muito boas em obter trabalho de AI, e mesmo que não sejam os melhores trabalhadores tradicionais, teriam muitas vezes mais produtividade.
  10. Uso do GPT no trabalho diário: Mollick sugere que os gerentes experimentem o GPT para automatizar tarefas tediosas, como escrever memorandos ou gerenciar reuniões. O professor observa que quando as pessoas têm seu momento de “aha” com a ferramenta, percebem como ela pode mudar seus trabalhos.
  11. Medos e desafios: Mollick assegura que não é necessário ser um programador ou entender completamente os modelos de linguagem de grande porte para usar o GPT. Ele recomenda que os trabalhadores descubram o quanto de seu trabalho eles podem automatizar para entender a exposição e o risco à tecnologia. No entanto, ele adverte que o GPT pode “alucinar” ou criar fatos, então é importante usá-lo em áreas bem conhecidas no início.
  12. Riscos: Mollick ressalta que o GPT pode criar informações convincentes, mas falsas, o que levanta questões de responsabilidade. Ele também questiona questões éticas, como a possibilidade de plágio e o uso de AI para criar deepfakes, além das implicações de automação no trabalho.
  13. Tecnologias futuras: Mollick antecipa o lançamento do GPT-4 e outras aplicações de processamento de linguagem natural de outras empresas. Ele também menciona a possibilidade de modelos baseados em difusão para criar imagens e vídeos, bem como interfaces de usuário descritas em poucas frases.
  14. Aconselhamento para empresas: Por fim, Mollick aconselha as empresas a não esperarem por todas as respostas para começar a experimentar com a tecnologia. Ele enfatiza a importância da experimentação e da elaboração de documentos estratégicos, sempre com ética e em conformidade com a lei.

Quanto mais você sabe, mais você sabe que não sabe tudo

A impressão que tenho é que pouco depois que começo a estudar um assunto, parece que absorvi uma camada relativamente grande do que há para aprender sobre o assunto.

E isso dá uma sensação.. “acho que domino esse assunto”.

Uma das consequências de achar que sabe demais é ser menos curioso e/ou perder oportunidades de aprender mais sobre o assunto.

Vamos dar uma olhada no Iceberg do conhecimento 👇

A parte visível do “iceberg” representa o conhecimento e informação que é facilmente acessível, enquanto a parte muito maior que se encontra abaixo da superfície representa o conhecimento que não é conhecido ou não está facilmente acessível.

Se você não sabe que a parte embaixo da água existe, você acredita que domina grande parte do assunto. Porém, a medida que você estuda mais, fala com mais gente, lê mais, se aprofunda mais, você vai baixando o nível da sua água e tomando consciência que existe muito mais.

E para te convencer que isto não é uma “piração” minha, olha só o que esse cara disse no LinkedIn:

Felix é um empreendedor serial e que aparentemente é bem sucedido profissionalmente.

E o comentário dele exemplifica exatamente o que chamei ali de iceberg do conhecimento.

Ele comenta que quanto mais ele aprende sobre design, mais ele sente que não sabe de nada.

“Não saber nada” é só uma percepção exagerada.

Mas ela reflete que a medida que você aprende mais sobre aquela área/domínio, mais você tem consciência que tem muito a aprender e se aprofundar.

Outra forma de ver isso (e com porcentagens). Imagine que você se convenceu que você precisa investir seu dinheiro. Você lê algumas matérias, alguns blogs, baixa algum app e abre uma conta em uma corretora.

Ok. Você mapeou o mercado e agora você acha que investir se resume a:

  1. Poupança: você manja ✅
  2. Renda Fixa: você sabe que existe, mas não manja
  3. Renda Variável: você sabe que existe, mas não manja

Então você sabe (33%) do que existe para saber. Certo?

Mas aí você vai lá e estuda mais! Você descobre estas plataformas de carteira recomendada e aprende que dentro da renda fixa tem: tesouro direto, títulos pré-fixado, pós-fixados, (e por aí vai). Na renda variável você descobre as ações, os fundos imobiliarios, os ETFs, (e por aí vai).

Agora você já manja 3x mais do que no começo.. mas proporcionalmente, você entendeu que quanto mais você se aprofunda, mais amplo aquela área fica.

Então neste último cenário, você já é um investidor mais maduro. Você sabe 6x mais do que quando começou. Ainda sim, você agora sabe que você domina somente ⅕ (20%) do que tem para ser dominado :]

Faz sentido para você? Já se sentiu um impostor mesmo quando o tema era algum assunto que claramente você tinha conhecimento?


Falando de investimentos:

Escolhendo livros v2 | 🆙ChatGPT

Em 2021 eu escrevi meu processo para escolher novos livros para ler e agora.. ele mudou (e muito)!

Dando um passo atrás, fiquei refletindo.. qual problema eu tento resolver ao desenvolver um “método” para escolher novos livros?

E basicamente minha resposta é: não quero perder tempo lendo algo que eu não goste / aproveite a leitura (e também não quero gastar 💸 com algo que não vou ler) .

Até por isso, no meu 1º artigo sobre o tema (que você pode ler aqui), eu falo que eu sigo algumas pessoas (LinkedIn, Blogs, Instagrams, Tiktoks) que dão indicações de livros. São as indicações destas pessoas que acabam virando uma “lista de possíveis leituras”.

E por que estas pessoas indicam certos livros? Porque elas, dentro do conceito delas, gostaram daquelas leituras e por isso indicam.

Ou seja, a indicação é algo bastante pessoal. Ela envolve o seu quadro de referências.

E em 2023 eu tive acesso a uma ferramenta que me permite pedir indicações de uma maneira bastante personalizada (que na minha opinião é uma baita tendência de mercado) e com uma profundidade de conteúdo que eu não imaginei ter acesso tão cedo.

Esta ferramenta é chamada de chatGPT 👉 que é um protótipo de um chatbot com inteligência artificial desenvolvido pela empresa OpenAI.

Obs: você não precisa baixar nada, é só entrar no site, se cadastrar e ser feliz.

Quer ver na prática? Se segura na cadeira, e olha só:

Fiz uma consulta ao ChatGPT pedindo indicações de livros dado que eu tinha gostado dos seguintes conteúdos: Ultra-aprendizado, Hábitos Atômicos e o blog do Tim Urban.

O Chat me sugeriu 4 livros: Deep Work, Make Time, O poder do Hábito e Drive (Daniel Pink).

Nesta consulta, eu dei para a inteligência artificial o contexto que eu tinha gostado de 3 conteúdos e “ela” personalizou a sugestão baseada nisso 🤯 Repare os parametros que ela entendeu sobre os conteúdos que eu disse que gostado são: “desenvolvimento pessoal (#1), aprendizado eficaz (#2) e produtividade (#3)

Calma. Vai ficar melhor.

Vou colocar a resposta dele em forma de texto para facilitar a leitura:

  1. Deep Work” de Cal Newport
    Este livro aborda a importância do trabalho profundo (Deep Work) na era da distração e como é possível se concentrar em tarefas importantes e complexas para alcançar resultados significativos (#3). Ele apresenta estratégias e ferramentas para ajudar a eliminar distrações e aumentar a capacidade de se concentrar em tarefas importantes (#2), o que é crucial para o sucesso em muitas áreas profissionais.
  2. Make Time” de Jake Knapp e John Zeratsky
    Este livro apresenta estratégias para aumentar a produtividade (#3) e alcançar metas pessoais (#1) e profissionais. Ele discute como as pessoas podem usar técnicas de gestão do tempo para se concentrar nas tarefas mais importantes e alcançar suas metas. Ele também oferece dicas para ajudar a evitar distrações e aumentar a eficiência.
  3. O Poder do Hábito” de Charles Duhigg
    Este livro explora como os hábitos são formados e como podemos mudá-los para alcançar metas e objetivos. Ele apresenta as principais descobertas da pesquisa sobre hábitos e como essas descobertas podem ser aplicadas para mudar hábitos negativos e adquirir hábitos positivos. Ele oferece estratégias para ajudar a mudar hábitos e alcançar metas (#1) + (#3).
  4. Drive: The Surprising Truth About What Motivates Us” de Daniel H. Pink
    Este livro discute as motivações humanas e como elas afetam o desempenho e a realização. Ele apresenta as principais descobertas da pesquisa sobre motivação e como essas descobertas podem ser aplicadas para melhorar o desempenho (#1) e a realização. Ele também oferece estratégias para aumentar a motivação e alcançar metas.

Ou seja, com o chatGPT você passa a ter acesso a um “consultor” especializado que “entende” muito de praticamente todos os livros (escritos antes de 2021 ⚠️ pelo menos na versão disponível hoje jan/2023). E que também aceita vários e vários parâmetros (contexto) que você dá para ele na hora de perguntar.

Esta ferramenta também complementa (ou dá a alternativa gratuita) ao Blinkist: que é um app muito bom de resumos escritos e em audio *em ingles* dos livros. Então basta pedir para o chat fazer um resumo do livro para você e ele fará :]

E se tudo isso ainda não te convenceu que essa nova tecnologia é… f!$%a. Eis minha última tentativa:


Portfólio Pessoal: A Importância do seu Site

A verdade crua: as redes sociais tem trafego, mas te custam muita autonomia. Depois de ser bloqueado por um bot ao tentar ajudar outras pessoas, fiquei com a dúvida: quão seguro é produzir conteúdo somente nas redes sociais?

Avaliação: 1 de 5.

☝️ Marca nas estrelinhas se o conteúdo fez sentido para você.

O fim do tamanho único

Você já teve a sensação de ter comprado algo que não te serviu? Você provou o tamanho M, provou o G e apesar de não ter ficado 100% satisfeito com nenhum dos dois, levou o que você achou “menos pior” e depois não ficou feliz com o resultado?

Camisetas, calças, casacos, luvas, blusas, chinelos, tênis.. todos estes itens, você ainda tem um certo leque de opções para escolher: seja número, tamanho, modelagem e etc.

Agora.. e os produtos que não tem variação?

Livros por exemplo. Se você gosta (consegue ler melhor) em arial 8 ou times new roman 32, você não tem escolha. Ou melhor: não tinha.

A tecnologia permite cada vez mais que sua experiência seja customizada. E o kindle (leitor digital da Amazon), permite que você escolha a fonte e o tamanho da fonte que você usará para ler seu livro preferido.

Ou seja, se a tecnologia vem permitindo cada vez mais que produtos ‘tradicionais’ sejam consumidos de maneira personalizada, os produtos digitais vão precisar entender que “a experiência única” ou o one-size-fits-all será cada vez mais desvantajoso.

E para você não achar que eu tô pirando, deixa eu te dar 2 bons exemplos.

NETFLIX.

Não só a Netflix faz a personalização da pagina inicial para te apresentar o conteúdo com maior compatibilidade com seus gostos, mas a empresa também vem desenvolvendo a alguns anos – desde 2017 no mínimo – a personalização das imagens de capa dos filmes (chamadas de thumbnails).

Esta é mais uma maneira que difere a Netflix da competição: nós não temos UM produto e sim 100 milhões de diferentes produtos – um para cada um dos nossos assinantes, com recomendações e visualizações personalizadas.

Netflix Tecnology Blog, dez 2017

E aqui embaixo, duas capas do filme “Gênio Indomável” de 1997.

A 1ª imagem (ou da esquerda) é mostrada para usuários com histórico de assistirem mais filmes de comédia ou para usuários que gostam de filmes com Matt Damon.

Já a 2ª imagem com Robin Williams é mostrada para usuários com histórico maior de comédias.

Stranger Things é um título que a Netflix teve oportunidade de testar dezenas de diferentes thumbnails para engajar um conjunto amplo de usuários possivelmente interessados:


Tá, mas eu não sou uma mega empresa listada em bolsa. Ainda sim, é importante personalizar a jornada do meu usuário?

Na minha humilde opinião, sim. Como alguém que já trabalhou em vendas, pós-vendas, customer success, eu vejo que customização em massa é uma tendência possibilitada pela tecnologia e cada vez mais apreciada pelos clientes/usuários.

Outro exemplo bem bacana de uma empresa que usa bem a personalização é a Elevate Labs, desenvolvedora de 2 apps: balance e elevate.

O aplicativo de meditação deles, o Balance, compete em um nicho cheio de competidores de peso: Breethe, Headspace, Calm, buddhify, iBreathe, Oak, …

Então o diferencial proposto por eles é uma jornada personalizada pelo usuário de maneira guiada.

De um jeito diferente da Netflix que usa o comportamento do usuário como mecanismo de personalização, o Balance usa preferências do usuário para personalizar a jornada.

Desde quando você instala o app, você vai respondendo perguntas sobre as suas preferências: qual a duração da meditação que você quer fazer, qual motivo, a voz de quem narra.

E toda vez que você vai fazer uma nova sessão, o app te pergunta sobre a sessão anterior.

Com base na sua resposta, o conteúdo da meditação muda.

Então, se você parar para analisar, não é uma experiência absolutamente personalizada. O time da Elevate Labs foi pré-idealizando opções e com isto criou uma jornada “mais específica” para cada caso. É uma personalização massificada.

Na minha última sessão, eles disseram: “na última sessão você aprendeu duas práticas fundacionais: respiração focada e escaneamento corporal. Qual te ajudou mais?”

E eu respondi que tinha sido “escaneamento corporal”.

Além de mostrar uma estatística da resposta dos usuários, na sessão seguinte, o narrador mencionou o fato de eu ter achado o escaneamento mais útil.

Claramente, o caminho foi previamente idealizado, mas a minha sensação foi ótima: “estão usando meu feedback”.

E você, concorda comigo ou acha que a personalização é modinha?

E aproveitando que você chegou até aqui, você tem algum produto digital favorito? Que você ache a experiência incrível e que ganhou seu coração? Me conta qual é?🙏 Pode ser no direct do linkedin, insta ou até no email aqui.

Tô montando uma pastinha aqui com os melhores apps / produtos como parte de um estudo meu 🙂

Mais jornada, menos destino. Mas.. qual jornada?

Achei incrível ler no último post “Você é bem-sucedido?” as definições de sucesso de algumas pessoas.

Um print da definição de sucesso para pessoas diferentes.

Também vi o excelente post da @analizbuiar mostrando que nós temos fases e potencialmente estaremos concentrando nossa energia em diferentes focos ao longo da vida.

Print do trabalho da mentora Analiz Buiar. Mostrando uma releitura da pirâmide de maslow.
post do instagram perguntando “onde esta o foco do seu trabalho”: i. sobrevivência, ii. social, iii. interno, iv. coletivo

Se neste momento, por exemplo, você esta completamente focado no modo sobrevivência: “preciso trabalhar hoje para comprar comida e/ou pagar aluguel”, é muito provável que você não esteja conseguindo pensar em jornada vs destino.

Print do conteúdo criado pela Jessica Bortolato. A mensagem principal é: "não meça seu progresso com a ´regua de outra pessoa"

Isto reforça ainda mais a ideia de que a sua vida é única, exclusiva e que esta em constante transformação. Então se a sua própria régua vai mudar (e muito) com o tempo, qual sentido de se medir com a régua de outra pessoa?

A Jessica Bortolato, também falou sobre isso em um post recentemente:

“Seu progresso é seu e para você.”

Isto significa no mínimo 2 coisas:
1. É o seu progresso de hoje vs o seu progresso de ontem.
2. Você é o protagonista da sua jornada. É sua responsabilidade: não é da sua empresa, da sua família, do seu amigo, do seu chefe, …

Essas reflexões me ajudaram muito a entender que a minha jornada foi mudando ao longo da minha vida. Pagar boletos, ser aceito, sentir que eu podia contribuir.. e assim foi indo.

Em um determinado momento, por oportunidade, privilégio, algumas doses de idealismo, resolvi empreender. Quase 3 anos depois com projetos entregues, cursos dados, centenas de “nãos” contornados, foi hora de aceitar que não tinha dado certo.

Foi bastante difícil (em vários sentidos: emocionalmente, profissionalmente, pessoalmente) quando assimilei que a empresa que eu co-fundei não tinha dado certo. Eu “fui forçado” a mudar completamente minha jornada.

Alguns anos depois, em uma jornada diferente, eu enxergo que tenho facilidade em intra-empreender justamente por causa da experiência que tive como empreendedor. Hoje eu consigo enxergar que as minhas jornadas anteriores estão interconectadas e foram a base para a jornada atual.

⚠️ porém, eu só enxerguei esta interconexão depois. Ou seja, eu não posso dizer que tive fiz tudo que fiz de maneira planejada ou premeditada.

Mas então o que me guiou até aqui?

Em parte, foi a frase que minha mãe sempre repetiu exaustivamente para mim: “Se for fazer algo, dê o seu melhor.”

Em parte, foi o esforço que eu fiz para me manter em movimento e não cair da “Bicicleta da Vida”, como eu falei neste outro post 👇

Em parte, com certeza, foi sorte. Acho que tive muita sorte de encontrar ótimas pessoas em várias jornadas que tive. Bons amigos, bons mestres e mentores, entre outros. Sorte também de estar no lugar certo, na hora certa, no momento certo.

E sem tirar o mérito da sorte, acho que sempre tive sede de aprender. E acredito muito que isso me deu mais oportunidades de ter sorte. Inclusive, a Marcele fundadora da Academia de Si, me indicou um livro ótimo sobre o assunto:

Capa do livro Lifelong Learners do Corado Schlochauer.

Lifelong learners – o poder do aprendizado contínuo

E acaba sendo um assunto mais profundo que merece um palco próprio.

Mas, se eu tivesse que resumir o livro em uma frase seria: O aprendizado esta em todos os lugares, basta ter um olhar mais consciente e intencional para potencializá-lo e colher os vários benefícios dele.

Por fim, posso dizer que sigo navegando a minha jornada. Buscando aprender, ensinar, impactar, sonhar e realizar. Com certeza errando bastante, mas conscientemente tentando acertar e corrigir a rota para evitar pisar muitas vezes no mesmo buraco.

E sobre o foco atual do meu trabalho, eu acredito que esteja pendulando entre a auto-realização & coletivo.

E o que você já sabe da sua busca?


Você é bem-sucedido?

Uma das perguntas que eu mais fiz em entrevistas nos últimos anos foi: “O que é sucesso para você?”

A pergunta é super curtinha, mas o raciocínio e autoconhecimento que ela exige para ser respondida de maneira satisfatória é bastante extenso.

É evidente que não existe resposta certa, nem pronta. Na minha opinião, a definição de sucesso é tão particular quanto a busca por propósito.

Eu imagino que existam muitas pessoas que definam sucesso como algo que não envolve a carreira profissional. E acredito que isto seja perfeitamente normal. Entretanto, para grande parte das pessoas, o tempo dedicado a carreira / trabalho é de 20%. Ou seja, 1 em cada 5 horas de vida, você provavelmente estará trabalhando.

Nesta última semana eu tive a grata surpresa de conhecer um blog muito bom chamado Wait But Why. Encontrei este blog inesperadamente enquanto eu lia um relatório sobre Cripto ativos de mais de 160 paginas (e o link para o blog estava na penúltima página). Em um dos excelentes artigos do blog, encontrei uma imagem com a quebra (em horas) da vida de uma pessoa média com expectativa de vida de 86 anos.

Para facilitar a sua vida, eu traduzi o gráfico de pizza e adicionei a minha incrível habilidade artística:

Imagem traduzida do blog waitbutwhy.com | Tim Urban | 2018

Esta imagem evidencia certas coisas que talvez você não tenha assimilado até agora:

  1. Você passará um pouco menos da metade da sua vida “Cuidando do Básico Humano”
    • comendo, dormindo, exercitando seu corpo e por aí vai
  2. Seu tempo livre tem uma relação de dependência direta com seu tempo de carreira. Ou seja, você terá aproximadamente 100k horas de tempo ‘livre’ se você tiver uma carreira de 150k horas.
    • Sei que não é muito comum ver estes números em horas, mas podemos dizer que 100k horas de trabalho significam mais ou menos 60 anos de carreira (pensando em uma carga semanal de 50h de trabalho).
    • obs: então vale dizer que 150k de trabalho é realmente uma carreira intensa e/ou bastante longeva
  3. Algum outro aprendizado? Conta pra mim.

Tudo isso ☝️ para racionalizar que, para maior parte das pessoas, a carreira profissional tem um impacto direto na maior parte das definições de sucesso.

A outra constante na maior parte das definições de sucesso que eu já escutei, inclusive na minha, é o envolvimento de mais pessoas.

Inclusive, assisti neste final de semana, o 9º episódio (e último) da sensacional série “Man in the Arena” disponível no Star+ (da Disney) sobre o Tom Brady. Neste episódio o Brady, que é considerado o melhor jogador (QB) de todos os tempos do futebol americano, dá pistas do que ele considera sucesso:

Tom Brady dizendo que as pessoas que estiveram com ele ao longo da sua trajetória são os componentes mais importantes da sua carreira de sucesso.

Outra dica importante para desmistificar qual ou quais definições de sucesso fazem sentido para você é fazer uma lista das pessoas que você admira e em que você considera elas bem sucedidas.

Quem você admira e por que pode te dar ótimas pistas do que você valoriza, o que te inspira e de onde você quer chegar.

Escrevi isso no LinkedIn ano passado. Acredito tanto nisso, que um dos meus objetivos de 2021 foi mapear pessoas que me inspiram. E para mim, a admiração era/é direcionada a uma ou algumas áreas específicas da trajetória, conquistas ou mindset de alguém. Minha lista de 2021 contava com aproximadamente 15 pessoas, entre pessoas da família, amigos e pessoas publicas.

7 pessoas que eu admiro em um determinado campo / nicho

Então no final do dia, quem tem (ou pode ter) sucesso? Qualquer um.

É claro que somos seres sociais, e portanto, o ambiente / sociedade próxima também impacta a construção da régua de sucesso de cada um.

Ainda sim, ter consciência sobre o que você considera sucesso é fundamental para 2 coisas:
#1 saber onde você quer chegar e criar o passo a passo até lá
#2 poder mudar/ajustar a sua régua para considerar elementos que você quer e abandonar elementos que talvez só estejam na sua régua por alguma influência que até então você não tinha consciência

E o bônus de tudo isso é assumir o controle de própria vida e ser feliz.


Se você quiser ler outros posts, vou deixar algumas sugestões para você: