[resumo] Porque você (e sua empresa) deveriam testar ChatGPT hoje

Confesso que não tinha planejado fazer este post aqui no blog. Originalmente eu fiz anotações sobre este episódio do IdeaCast no Notion.

Mas quando eu vi o link de compartilhamento “publico” do notion… imaginei que poucas pessoas se sentiriam seguras de clicar (ele tem uma carinha feia). De qualquer maneira, vou deixar o link original aqui:

https://decorous-scarf-33a.notion.site/Porque-voc-e-sua-empresa-deveriam-testar-ChatGPT-hoje-810cab5ff811462c98f01b969f591911

Bom, vamos ao que interessa.

Neste episódio do HBR IdeaCast, o professor de Wharton Ethan Mollick fala do aumento de produtividade que modelos de inteligência como ChatGPT vem proporcionando para indivíduos e profissionais.

Eu acabei anotando 8 pontos principais da entrevista:

  1. Revolução dos Modelos de Linguagem: A entrevista inicia com a discussão sobre o papel transformador dos Modelos de Linguagem, especialmente do GPT-3 e suas variantes, que podem produzir texto coerente e útil. A comparação feita atualmente é que estas inteligências podem gerar um impacto similar na economia/sociedade que a internet causou.
  2. Híbrido entre humanos e IA: O professor Ethan Mollick sugere um cenário futuro em que humanos e IA trabalharão juntos, com IA auxiliando em tarefas que envolvem a geração de texto ou outros conteúdos complexos. Ele chama isso de “modo híbrido”, onde a IA é uma extensão do usuário, auxiliando nas tarefas do dia-a-dia.
  3. Transformação no trabalho: A IA tem o potencial de mudar significativamente o trabalho, particularmente em tarefas que envolvem produção de texto. A IA pode liberar as pessoas para tarefas mais criativas e estratégicas, automatizando tarefas rotineiras e repetitivas. Mollick também sugere que esta transformação possivelmente aumentará a felicidade e/ou satisfação das pessoas.
  4. Implicações para contratações:
    • a IA tem o potencial de tornar todas as pessoas de uma célula mais produtivos. Destacando que pessoas de baixo / médio rendimento poderão atingir bons resultados ao trabalhar junto com a IA. E também destacando que talentos da sua empresa potencialmente também terão um aumento de produtividade,
    • surgimento de uma nova função: o perguntador profissional (AI whisperer em inglês ou até engenharia de prompt).
  5. Importância da Experimentação: Mollick enfatiza a importância da experimentação individual com a IA para entender o seu potencial e limitações. Ele sugere que as pessoas comecem a usar ferramentas como o ChatGPT para realizar tarefas do cotidiano: escrever emails, atas de reunião, ajudar a fazer brainstorming, propor soluções para problemas difíceis, etc.
  6. Desmistificando a IA: O professor ressalta que não há necessidade de ser um programador ou especialista em IA para utilizar ferramentas como o ChatGPT (GPT-3 / GPT-4) ou BingAI. O sistema é projetado para ser usado em linguagem natural, facilitando seu uso para todos.
    • As pessoas podem usar incorretamente no inicio e desistir de usar. O professor cita 3 exemplos de uso de caso que não aproveitam o máximo da tecnologia e frustram os novos usuários:
      • Usar como usa o google (o restaurante tal tá aberto hoje? quem ganhou a copa de 2023?)
      • Usar como Siri / Alexa (fazendo perguntas engraçadinhas)
      • Fazer perguntas específicas ou factuais (qual minha biografia, quem pisou na lua primeiro)
  7. Riscos da IA: Mollick também aborda os riscos da IA, como a propensão para criar conteúdo falso (alucinação) e questões éticas e morais. Ele também menciona a necessidade de se entender melhor o impacto a longo prazo da IA nos empregos e na sociedade.
  8. O Futuro da IA: O futuro da IA parece promissor e desafiador, com desenvolvimentos contínuos em modelos de linguagem e aplicação dessas tecnologias em várias áreas. Entretanto, Mollick aconselha as organizações a começarem a planejar e experimentar com essas tecnologias o mais cedo possível, inclusive sugerindo que a gestão fomente a adoção desta tecnologia.

Estes foram meus principais pontos de aprendizado. No final do post, tem o link do podcast completo.

Também vou deixar aqui os 14 “aprendizados” que o modelo GPT4 (ChatGPT versão paga) fez em cima da transcrição “bruta” da entrevista:

  1. O professor Maalik destaca a evolução do ChatGPT, observando que, com o tempo, o modelo se tornou mais útil, ao ponto de ser comparado a um aluno de destaque.
  2. Ele menciona estudos preliminares que indicam um aumento na produtividade entre 30 a 50% em escrita de negócios e programação, com a ajuda do ChatGPT e ferramentas similares.
  3. O professor discute a gama ampla de aplicações da IA em empresas, variando de escrever código de computador e documentos a geração de ideias para marketing e análise de indústrias.
  4. Ele sugere que empresas precisam explorar como podem se beneficiar desta tecnologia, com a criação de políticas e estratégias para sua implementação. Maalik sugere um “programa de pesquisa acelerada” para entender como o ChatGPT pode ser útil dentro de uma organização.
  5. O professor argumenta que, mesmo que o uso do ChatGPT seja individual neste momento, ele acredita que veremos mais e mais uso organizacional no futuro.
  6. Ele enfatiza que as empresas precisam estar conscientes da presença do ChatGPT, uma vez que muitos indivíduos estão usando essa ferramenta sem o conhecimento de seus empregadores para cortar a quantidade de tempo gasto em tarefas de trabalho.
  7. Maalik também menciona que há um potencial para a disrupção especializada no futuro, dando o exemplo do modelo médico do Google que oferece conselhos equivalentes a médicos para pacientes com doenças comuns.
  8. Finalmente, ele destaca a oportunidade para o trabalho híbrido, onde humanos e IA trabalham juntos para aumentar a produtividade e a qualidade do trabalho, enquanto automatizam as partes menos interessantes das tarefas.
  9. Implicações para a contratação: Mollick identifica quatro cenários possíveis no uso do GPT. Primeiro, o GPT pode aumentar a produtividade de todos, o que influenciaria na contratação de profissionais altamente talentosos capazes de operar os chatbots. Segundo, o GPT pode tornar os melhores trabalhadores ainda mais produtivos, sugerindo uma maior contratação de “estrelas”. Terceiro, pode nivelar o trabalho, fazendo com que os desempenhos ruins sejam equivalentes aos bons, pois o chatbot ajudaria a resolver problemas. Por último, pode haver um papel futuro de “engenharia de prompts” onde algumas pessoas serão muito boas em obter trabalho de AI, e mesmo que não sejam os melhores trabalhadores tradicionais, teriam muitas vezes mais produtividade.
  10. Uso do GPT no trabalho diário: Mollick sugere que os gerentes experimentem o GPT para automatizar tarefas tediosas, como escrever memorandos ou gerenciar reuniões. O professor observa que quando as pessoas têm seu momento de “aha” com a ferramenta, percebem como ela pode mudar seus trabalhos.
  11. Medos e desafios: Mollick assegura que não é necessário ser um programador ou entender completamente os modelos de linguagem de grande porte para usar o GPT. Ele recomenda que os trabalhadores descubram o quanto de seu trabalho eles podem automatizar para entender a exposição e o risco à tecnologia. No entanto, ele adverte que o GPT pode “alucinar” ou criar fatos, então é importante usá-lo em áreas bem conhecidas no início.
  12. Riscos: Mollick ressalta que o GPT pode criar informações convincentes, mas falsas, o que levanta questões de responsabilidade. Ele também questiona questões éticas, como a possibilidade de plágio e o uso de AI para criar deepfakes, além das implicações de automação no trabalho.
  13. Tecnologias futuras: Mollick antecipa o lançamento do GPT-4 e outras aplicações de processamento de linguagem natural de outras empresas. Ele também menciona a possibilidade de modelos baseados em difusão para criar imagens e vídeos, bem como interfaces de usuário descritas em poucas frases.
  14. Aconselhamento para empresas: Por fim, Mollick aconselha as empresas a não esperarem por todas as respostas para começar a experimentar com a tecnologia. Ele enfatiza a importância da experimentação e da elaboração de documentos estratégicos, sempre com ética e em conformidade com a lei.

Publicado por Leo Dabague

Maker, economista, curioso, aprendiz e incomodado. Hoje sou diretor em uma Startup de tecnologia para varejo. Ajudei a construir / sustentar a escalada de 40 para mais de 850+ pessoas em menos de 5 anos.

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