O poder do Journaling

Journaling pode ser definido(a) como a prática de escrever / documentar seu dia-a-dia, escrever sobre suas emoções e sentimentos. Você provavelmente conhecia o termo como “escrever um diário” e provavelmente tem um preconceito com este termo. Então antes de clicar no ❌e sai correndo, olha só:

Você aumenta a probabilidade de atingir seus objetivos/sonhos em 42% ao escrever sobre eles diariamente.

Prof. Gail Matthews da Dominican University of California

Eu sei, 42% não é 100%. Ainda sim, eu uso journaling para várias coisas. Então mesmo que se eu melhorasse só 10% minha chance de atingir meus objetivos já valeria o esforço de deixar as coisas organizadinhas no papel / excel / app de anotações.

Eu prefiro papel e caneta para anotar e também por poder rabiscar. Então geralmente gosto de usar cadernos grandes (tipo 25×25 usado por desenhistas ou espaçoso). E vou anotando tudo nele, tipo assim:

Entretanto, eu me mudei recentemente e estou trabalhando em uma mesinha improvisada e sem muito espaço. Então além do caderno, eu também uso um Google Spreadsheet (que é um excel online) para anotar as coisas no celular / computador a qualquer hora e lugar.

Bom, independente da forma, meu journaling tem praticamente 5 elementos:

  1. Objetivos | era anual, agora reviso semestralmente
    Aqui basicamente eu tento responder a seguinte pergunta: “o que eu preciso ter feito / conquistado para me sentir mais realizado ao final daquele ano?”
    Então tem minha lista de 📚 livros para o ano, tem objetivos pequenos, objetivos grandes, tem um pouco de tudo. Este tá sendo meu 4º ano em sequência anotando todos os objetivos.
  2. Agradecimentos | semanal
    Eu preciso confessar: eu achava que o exercício da gratidão era bobagem. Até me incomodava quando eu escutava alguém falando gratidão muitas vezes. E acho que fazer terapia me ajudou muito a externalizar mais este (e outros) sentimentos.

    Hoje eu acho que sou mais conscientemente agradecido pelas coisas e também percebo que dou mais valor para coisas que nem reparava antes.
  3. Fechamento do dia
    Descobri este “método” por acaso enquanto navegava pelo site do Etsy (o Elo7 americano). Você cria uma escala para melhor definir como foi aquele dia para você. No meu caso, a escala é: excelente, bom, neutro, nervoso e triste/doente.

    Comecei fazendo 1 semana, depois 30 dias e agora já passei mais de ⅓ do ano fazendo isso. E depois de alguns dias, além de refletir e determinar um sentimento, eu passei também da anotar os highlights de cada dia: fossem eles bons ou ruins.

    Também escrevi um pouco mais sobre isso em um post anterior:
    Refletir mais = ser melhor
  4. Captura das tarefas / pendências
    Sempre achei prático fazer uma lista de tarefas do que eu precisava fazer.
    E ao encontrar o blog da Thais Godinho e ler o A Arte de Fazer Acontecer tudo ficou ainda mais claro.

    Eu não consigo executar algo bem se estou pensando nas mil coisas que eu tenho que fazer e não posso esquecer. Então eu passei a usar as listas como uma forma de “livrar” minha cabeça para se concentrar naquela atividade que estou realizando naquele momento.

    Obs: tem um problema aqui que eu não consegui resolver ainda. Tem alguns períodos que eu termino um dia com mais tarefas para fazer do que quando comecei. No livro, David Allen sugere que você reserve um tempo para fazer um processamento das tarefas e decidir se você vai descartar, delegar, programar ou executar as tarefas, mas tem alguns momentos que acho isso bem difícil.
  5. Mapas mentais
    Eu sempre fiz meus rabiscos para me ajudar a entender coisas complexas ou deixar alguns conceitos mais claros ou só por rabiscar sem pensar mesmo. Mais tarde descobri que alguns esquemas visuais que eu fazia são chamados de mapas mentais.

    No meu caso, eu consigo lembrar depois dos mapas mentais que eu faço. Principalmente das cores diferentes de cada informação.

Este vem sendo meu ‘método’. Inspirado em várias coisas, mas sem necessariamente seguir uma receita de bolo de alguém. O mais importante foi chegar em uma lógica que eu pudesse seguir diariamente e que me ajudasse a ser melhor (mais feliz, mais realizado, menos ansioso e com mais certeza que estava perseguindo meus objetivos).


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O habito de escrever sobre meus objetivos, conquistas, tarefas para serem feitas tem me ajudado muito a ser alguém que realiza mais, reflete mais e também me ajuda a reduzir stress e ansiedade.

Publicado por Leo Dabague

Maker, economista, curioso, aprendiz e incomodado. Hoje sou diretor em uma Startup de tecnologia para varejo. Ajudei a construir / sustentar a escalada de 40 para mais de 850+ pessoas em menos de 5 anos.

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